AI, Regulamentação e Parcerias Público Privadas no Congresso ABESE
O Congresso ABESE 2024 reuniu autoridades e empresários para discutir as transformações que vão impactar o mercado de segurança eletrônica em 2025. O evento teve como foco a inteligência artificial, as parcerias público-privadas e a regulamentação do setor, com destaque para o novo Estatuto da Segurança Privada. Durante o encontro, a presidente da ABESE, Selma Migliori, destacou a importância da regulamentação para garantir maior segurança jurídica e profissionalização ao mercado, que há anos espera por esse avanço.
Fique por dentro das principais discussões do Congresso ABESE 2024 e descubra como a regulamentação e as inovações tecnológicas vão transformar o mercado de segurança eletrônica em 2025.
Estatuto da Segurança Privada: Desafios e Oportunidades
O Coordenador Geral de Controle de Serviços e Produtos da Polícia Federal, Cristiano Campidelli, destacou a importância do novo Estatuto da Segurança Privada. Ele reforçou que, no momento, a PF não está multando nenhuma empresa, uma vez que a regulamentação está em construção, e o prazo para o setor se adequar é de três anos após a publicação da lei. Para as empresas que quiserem se adiantar, a ideia é que o sistema esteja pronto no primeiro semestre do ano que vem para atender ao segmento.
“A segurança eletrônica ficará sujeita à fiscalização da PF, mas isso traz mais segurança jurídica e tende a fazer com que o segmento se profissionalize ainda mais, como eu vi na Exposec. Contudo, é preciso ficar atento pois já circulam algumas fake news. Busquem informação segura, em caso de dúvida perguntem à ABESE ou à Polícia Federal", apontou o coordenador.
O potencial da Segurança Eletrônica em iniciativas públicas
A regulamentação da Segurança Eletrônica abre novas oportunidades para a colaboração entre os setores público e privado, com grande potencial para iniciativas públicas. Camila Pisani, Gerente de TI da EMTU, destacou a importância da aproximação entre os setores público e privado, sublinhando que a antiga mística de que o setor público é inacessível está ultrapassada.
Para o Coronel José Eduardo França, Chefe do 3° Centro de Telemática de Área do Exército, é importante apresentar demandas do setor público e iniciativas que podem ser beneficiadas pela tecnologia, como já acontece no Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). Já Fábio Galvão, da ABERIMEST, destacou a relevância das tecnologias emergentes para o setor de segurança, especialmente no contexto portuário e logístico.
IA Revolucionando a Segurança Eletrônica
54% de todos os produtos fabricados em 2023 possuíam recursos de Inteligência Artificial embarcados. O professor Marcelo Zuffo, presidente do INOVA USP, evidenciou que é preciso investir na integração entre empresas, universidades e o Estado como vetores de inovação para aproveitar este momento. "Agora, precisamos avançar e em vez de continuar a importar, começar a exportar. É hora de resolver esse desafio e transformar a situação em uma oportunidade de soberania tecnológica", ressalta.
Valter Wolf, presidente da ABRIA, destacou que, embora a IA esteja transformando os negócios, principalmente ao aumentar a eficiência, o ser humano continuará essencial. Já Hélio Santana, fundador da HS Prevent, acrescentou que com o uso crescente de tecnologias como deepfakes e simuladores, que podem comprometer a segurança, é urgente unir inteligência humana com inteligência artificial (IA) para vencer a "guerra eletrônica".
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Segurança é a nossa união
Pelo Congresso ABESE 2024, as palavras chaves para o crescimento das empresas de segurança eletrônica são: informações seguras e colaboração. Para isso, é essencial que todo segmento esteja unido e alinhado para conquistar as melhores oportunidades. Se ainda não é associado, venha para Abese. Segurança é a nossa união!